sexta-feira, 25 de julho de 2008

Moisés


--> Moises


Vencedor e vencido, glorioso e alquebrado, Michelangelo regressa a Florença. Vivendo em retiro, dedica-se a recobrar as forças minadas pelo prolongado trabalho; a vista fora especialmente afetada e o mestre cuida de repousá-la. Mas o repouso é breve: sempre inquieto, Michelangelo volta a entregar-se ao projeto que jamais deixara de amar:o túmulo monumental de Júlio II. Morto o papa em fevereiro de 1513, no mês seguinte o artista assina um contrato comprometendo-se a executar a obra em sete anos. Dela fariam parte 32 grandes estátuas. Uma logo fica pronta. É o Moisés - considerada a sua mais perfeita obra de escultura. Segue-se outra, Os Escravos, que se acha no Museu do Louvre, doada ao soberano Francisco I pelo florentino Roberto Strozzi, exilado na França, que por sua vez a recebera diretamente do mestre em 1546.Como breve foi o repouso, breve foi a paz. O novo papa, Leão X, decide emular seu antecessor coma protetor das artes. Chama Michelangelo e oferece-lhe a edificação da fachada da Igreja de São Lourenço, em Florença. E o artísta, estimulado por sua rivalidade com Rafael -- que se aproveitara de sua ausência e da morte de Bramante para tornar-se o soberano da arte em Roma -, aceita o convite, sabendo que precisaria suspender os trabalhos relacionados com a tumba de Júlio II. O pior, porém, é que após anos de esforços ingentíssimos, após mil dificuldades, vê o contrato anulado pelo papa Leão X.

A Tumba da Familia Médici


--> Tumba da Familia Médici
Só com o sucessor de Leão X, o Papa Clemente VII, Michelangelo encontra novamente um mecenas que o incita a trabalhar arduamente: deverá construir a capela e a tumba dos Medici, sendo-lhe paga uma pensão mensal três vezes superior á que o artista exigira. Mas o destino insiste em turvar seus raros momentos de tranqüilidade: em 1527, a guerra eclode em Florença e Michelangelo, depois de ajudar a projetar as defesas da cidade, prefere fugir, exilando-se por algum tempo em Veneza. Restabelecida a paz, o Papa Clemente, fiel a seu nome, perdoa-lhe os "desvarios" políticos e o estimula a reencetar o trabalho da Capela dos Médici. Com furor e desespero, Michelangelo dedica-se á obra. Quando o interrogam sobre a escassa semelhança das estátuas com os membros da paderosa familia, ele dá de ombros: "Quem perceberá este detalhedaqui a dez séculos?Uma a uma emergem de suas mãos miraculosas as alegorias da Ação, do Pensamenlo e as quatro estátuas de base: O Dia, A Noite, A Aurora e O Crepúsculo, terminadas em 1531. Toda a amargura de suas desilusões, a angústia dos dias perdidos e das esperanças arruinadas, tada a melancolia e todo o pessimismo retletem-se nessas obras magnificas e sombrias.

quarta-feira, 23 de julho de 2008


--> Juízo Final
Este afresco encontra-se na parede ao fundo do altar da Capela Sistina, e é a representação magnânima do inferno dantesco. A obra apresenta monstros e demônios infernais que puxam, arrastam e carregam às costas aqueles que foram condenados no juízo final, o terror pavoroso expresso nos rostos deles fazem referência direta à Divina Comédia, de Dante Aliquieri. Vemos aqui o pormenor Ressurreição da Carne, no qual um dos julgados é agarrado por demônios e pode-se ver em sua face o terror assustador e marcante de sua angustia interior.
Segundo Hauser, Michelangelo foi o primeiro artista a dar sinais do Maneirismo; não foi o início, mas não se pode negar a influência que ele exerceu sobre os artista da época - muitos estudaram suas obras. Ele deu o impulso definitivo em um período em que a Itália já vivenciava a crise do Renascimento, com o desmoronamento do humanismo e a influência crescente do anti-humanismo provindo da Reforma Protestante e das idéias de Copérnico. O Juízo Final é a reação de Michelangelo à crise social e cultural vivida naquele momento. O tema, além do dogmatismo cristão, fala do drama do homem em um momento de total insegurança, quando as certezas que tinha já ruiram. É expressão do desespero e desânimo de um cristão frente a instabilidade política e religiosa trazida com a Reforma. É um grito agonizante e uma súplica por socorro.

terça-feira, 22 de julho de 2008

A estátua de Davi



--> Estátua de Davi

David ou Davi é uma das esculturas mais famosas do artista renascentistas Michelangelo. O trabalho retrata o heroi bíblico com realismo anatômico impressionante, sendo considerada uma das mais importantes obras do Renascimento e do próprio autor.

Devido à genialidade que sempre foi atribuída à obra, ela foi escolhida como símbolo máximo da República de Florença.
Michelangelo levou três anos para concluir a escultura (começou-a em 1501e concluiu-a em 1504, revelando-a no dia 8 de setembro). Michelangelo é considerado nesta obra uma espécie de inovador, pois retrata a personagem não após a batalha contra Golias (como Donatello e Verrochio antes dele fizeram), mas no momento imediatamente anterior a ela, quando David está apenas se preparando para enfrentar uma força que todos julgavam ser impossível de derrotar.

Michelangelo neste trabalho usou o realismo do corpo nu e o predomínio das linhas curvas.

A Pietá







-->Pietá
Em 1498 depois de Cristo, Michelangelo, apenas 22 anos, escreve um contrato, garantida por Jacopo Galli, com o francês Cardeal Dionigi de São, para a realização, dentro de um ano, de uma "Pietá" (piedade), em mármore destinados a ser introduzidos na Basílica de São Pedro.
Em um pedaço de mármore pessoalmente escolhido no caroços de Carrara, Michelangelo representa os aspectos isolados da Virgem Maria exploração em seus braços o corpo de Cristo a direita depois de ter sido tomada a partir do Crosse, de acordo com uma iconografia que, durante este período , Tinha encontrado um amplo consenso sobre o outro lado dos Alpes. 1,74 centímetros alto, a "Pietà" de Michelangelo apresenta particularidades forte na anatomia e também nos acabamentos das cortinas, translúcido com efeitos de acentuada pela forma como a luz parecia que acariciam a bola superficies. Uma das coisas que mais surpreende é a escultura sobre o aspecto extremamente jovem, o artista quis dar para o rosto da Virgem Maria; esta escolha, fortemente criticada pelos contemporâneos, encontra a sua justificação no carácter abstracto da composição.

Biografia de Michelângelo


Michelangelo nasceu a 6 de março de 1475, em Caprese, província florentina. Seu pai Ludovico di Lionardo Buonarroti Simoni era um homem violento, "temente de Deus", sua mãe, Francesca morreu quando Michelangelo tinha seis anos. Eram 5 irmãos.Michelangelo foi entregue aos cuidados de uma ama-de-leite cujo marido era cortador de mármore na aldeia de Settignano. Mais tarde, brincando, Michelangelo atribuirá a este fato sua vocação de escultor. Brincadeira ou não, o certo é que na escola enchia os cadernos de exercícios com desenhos, totalmente desinteressados das lições sobre matérias. Por isso, mais de uma vez foi espancado pelo pai e pelos irmãos de seu pai, a quem parecia vergonhoso ter um artista na familia, justamente uma familia de velha e aristocrática linhagem florentina, mencionada nas crônicas locais desde o século XII. E o orgulho familiar jamais abandonará Michelangelo. Ele preferirá a qualquer titulo, mesmo o mais honroso, a simplicidade altiva de seu nome: "Não sou o escultor Michelangelo. Sou Michelangelo Buonarroti".Aos 13 anos, sua obstinação vence a do pai: ingressa, como aprendiz, no estúdio de Domenico Ghirlandaio, já então considerado mestre da pintura de Florença. Mas oaprendizado é breve - cerca de um ano -, pois Michelangelo irrita-se com o ritmo do ensino, que lhe parece moroso, e além disso considera a pintura uma arte limitada: o que busca é uma expressão mais ampla e monumental. Diz-se também que o motivo da saida do jovem foi outro: seus primeiros trabalhos revelaram-se tão bons que o professor, enciumado, preferiu afastar o aluno. Entretanto, nenhuma prova confirma essa versão.